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Prefeitura Paraty gasta R$ 4,2 milhões com duas secretarias, enquanto escolas seguem sem professores e saúde afunda

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 7 de ago.
  • 2 min de leitura

Enquanto a população enfrenta o abandono na saúde, na educação e na infraestrutura básica, a Prefeitura de Paraty decidiu inchar ainda mais a máquina pública com a criação de cargos e estruturas duvidosas. A recém-criada Secretaria de Eventos, por exemplo, conta com 24 cargos, sendo apenas 2 efetivos. O restante foi distribuído entre nomeações políticas e contratações diretas. O custo anual estimado para manter essa estrutura é de R$ 2,2 milhões.


A pergunta que não quer calar: por que criar uma Secretaria de Eventos separada da Secretaria de Turismo? Não deveria ser um departamento interno, já que eventos e turismo caminham lado a lado? Qual é a função da Secretaria de Turismo agora, se eventos têm uma pasta própria?


Juntas, as Secretarias de Eventos e de Turismo vão custar R$ 4,2 milhões por ano apenas em folha de pagamento. Isso sem contar com despesas adicionais como sede, equipamentos, veículos, combustível, manutenção, diárias e assessorias. Um gasto milionário que pesa no bolso do contribuinte — e sem retorno claro à população.


Enquanto isso, concursados seguem sem ser chamados. Escolas continuam enfrentando falta de professores, auxiliares e merendeiras. A estrutura da educação pública é precária, e a promessa de valorização do servidor parece ter sido esquecida. O funcionalismo efetivo recebeu apenas 10% de reajuste e R$ 200 de aumento no Greencard — um valor simbólico diante da disparada dos preços e da sobrecarga de trabalho.


A segurança pública piorou, com aumento de crimes e sensação de insegurança em vários bairros. A saúde regrediu e o saneamento básico está parado. Durante a realização da Flip (Festa Literária), um dos maiores eventos culturais do município, a falta d’água castigou dezenas de bairros, evidenciando a falta de planejamento e prioridade.


Enquanto se gastam milhões com cargos comissionados, a cultura e o esporte seguem abandonados. A população sente na pele o descaso e o desvio de foco da gestão municipal, que insiste em privilegiar estruturas políticas em vez de investir onde realmente importa.


Fica a reflexão: até quando a população vai pagar tão caro por estruturas criadas apenas para atender interesses políticos?


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