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Presídios do Sul Fluminense podem receber bloqueadores de sinal para combater crimes

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 18 de mar.
  • 2 min de leitura

Sul Fluminense – A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) anunciou, nesta segunda-feira (17), a abertura do processo de licitação para a locação de bloqueadores de sinais de telecomunicação em unidades prisionais do estado do Rio. Entre as unidades que poderão receber a tecnologia estão a Casa de Custódia de Volta Redonda e a Penitenciária Luiz Fernandes Bandeira Duarte, localizada em Bulhões, distrito de Resende.


A medida tem como objetivo impedir a comunicação entre detentos e criminosos que atuam fora das prisões, além de coibir crimes como golpes de falso sequestro e extorsão, muitas vezes organizados de dentro dos presídios. De acordo com a Seap, o processo de licitação será iniciado na próxima segunda-feira (24) e a expectativa é que a instalação dos bloqueadores comece ainda no primeiro semestre deste ano.


Apesar de as unidades do Sul Fluminense não abrigarem presos de alta periculosidade, elas estão na lista de possíveis beneficiadas pela tecnologia. A Casa de Custódia de Volta Redonda, por exemplo, recebe detentos provisórios que aguardam julgamento ou recurso.


Tecnologia avançada contra o crime


Os bloqueadores que serão instalados utilizam a tecnologia Jamers, capaz de inibir sinais de telefonia móvel (GSM, TDMA, FDMA, GPRS, GPS, 3G, 4G e 5G), além de redes Wi-Fi e até a comunicação via drones. As empresas contratadas serão responsáveis não apenas pela instalação, mas também pela manutenção dos equipamentos, atualizações tecnológicas e treinamento dos servidores da Seap.


A secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, destacou a importância de reforçar o controle no sistema prisional do interior do estado. “Estamos ampliando nossas ações para garantir que as unidades prisionais do Sul Fluminense também estejam equipadas para impedir a comunicação ilegal dos detentos com o mundo exterior”, afirmou.


O contrato terá duração de 36 meses, com possibilidade de prorrogação, e prevê um investimento de até R$ 464 milhões. A Seap estima uma economia de 20% a 30% ao final do processo, que será realizado por meio de pregão eletrônico, utilizando o critério de menor preço por lote.


Apreensões crescem na região


As unidades prisionais do Sul Fluminense têm registrado um aumento significativo na apreensão de celulares e itens ilícitos. Segundo a Seap, somente em 2023 e 2024, cerca de 17 mil celulares foram apreendidos em todo o estado, sendo parte desse volume interceptado em unidades da região.


A secretaria informou que intensificou as revistas com scanners corporais nas entradas das unidades para impedir a entrada de drogas e aparelhos eletrônicos. De 2021 para 2024, o número de visitantes flagrados tentando introduzir materiais proibidos cresceu 200%, com a apreensão de aproximadamente 25 quilos de drogas escondidas em partes íntimas.


Além das revistas presenciais, a Seap também monitora o espaço aéreo em torno das unidades para evitar a entrada de materiais ilícitos por meio de drones. No início deste mês, dois homens foram flagrados arremessando objetos proibidos na Penitenciária Industrial Esmeraldino Bandeira, no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, reforçando a preocupação com o uso da tecnologia para burlar a segurança.


Com a implementação dos bloqueadores no Sul Fluminense, a expectativa da Seap é reduzir significativamente a comunicação ilegal e aumentar a segurança dentro e fora dos presídios da região.




 
 
 

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