Primeiro ato do prefeito Luiz Furlani foi reajustar salários e nomear aliados na Companhia de Desenvolvimento de Barra Mansa

O primeiro ato oficial do prefeito Luiz Antônio Furlani Filho (PL), logo após assumir a Prefeitura de Barra Mansa, escancarou as prioridades da nova gestão: criação de cargos, reajuste de salários e nomeações políticas na Companhia de Desenvolvimento de Barra Mansa (CDBM).

Na Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 2 de janeiro de 2025 e presidida pelo próprio Furlani, foi aprovado — por unanimidade — o cargo de Diretor de Estudos e Novos Negócios, com salário fixado em R$ 11.395,00 mensais, pagos em 13 parcelas anuais. O cargo foi preenchido por Vinícius de Azevedo Silva, que também passou a representar legalmente a companhia.

Outros nomes ligados ao grupo político local foram acomodados. Para o Conselho de Administração, foram indicados César Gonçalves de Carvalho e José Geraldo Mattea Salgado Santos (suplente). No Conselho Fiscal, foi nomeado Alexandre Pereira Caneda, com direito a R$ 1.470,60 por cada reunião. A ata também registra a atuação de Matheus Gattás Alves da Silva como secretário do encontro.

A CDBM foi criada com o discurso de fomentar o desenvolvimento econômico e atrair empresas para o distrito industrial de Barra Mansa. Mas, até o momento, nenhuma empresa se instalou efetivamente no local. Há apenas uma — até agora a única — que está na fase inicial de preparação do terreno, com a execução de aterro.

Enquanto isso, os altos salários e os cargos estratégicos seguem sendo ocupados por nomes ligados ao grupo que governou a cidade nos últimos oito anos, agora reeditado sob nova liderança. A sensação é de que o projeto, além de emperrado, serve mais como instrumento de favorecimento político do que como motor de desenvolvimento.

Se esse é o início do novo governo, a população de Barra Mansa já tem motivo de sobra para manter os olhos bem abertos.