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Professores retomam greve em Barra Mansa e denunciam tratamento desigual da gestão Furlani

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Promessas descumpridas, aumento da carga horária, favoritismo e desvalorização marcam crise entre educadores e governo municipal


Os profissionais da educação de Barra Mansa estão em greve por 48 horas, nesta terça (10) e quarta-feira (11), em protesto contra a política de desvalorização imposta pela gestão do prefeito Luiz Furlani. A decisão foi aprovada em assembleia extraordinária convocada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE), após uma série de promessas não cumpridas, ausência de avanços nas negociações e medidas consideradas abusivas pela categoria.


Entre os principais motivos da paralisação está o aumento da carga horária dos professores, imposto pela prefeitura sem diálogo com a comunidade escolar e sem a devida contrapartida salarial. A mudança afeta diretamente a rotina dos educadores, que já enfrentam salários defasados, acúmulo de funções e péssimas condições de trabalho.


A mobilização inclui atos públicos nos dois dias. Hoje (terça), os professores realizam manifestações em frente à sede da Prefeitura, com concentração às 8h30 e às 14h. Na quarta, está prevista uma passeata com início às 9h, saindo do Restaurante Popular, além de uma ação de panfletagem na Praça da Matriz às 14h. Uma nova assembleia será realizada à noite, para definir os próximos passos da greve.


Segundo o SEPE, a gestão municipal tem adotado uma postura contraditória. Durante as negociações, o prefeito Furlani afirmou que “não podemos tratar uma categoria de forma isolada”. No entanto, os próprios servidores apontam que essa lógica não se aplica a outras áreas do funcionalismo. A Guarda Municipal, por exemplo, já teve seu Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) aprovado e implementado, recebe um vale-alimentação de R$ 700 e foi beneficiada por mudanças nas regras de aposentadoria — mulheres podem se aposentar aos 52 anos e homens aos 53.


Enquanto isso, os servidores da educação recebem um vale-alimentação de apenas R$ 200 — dos quais R$ 120 são retidos, restando apenas R$ 80 efetivos. A diferença de tratamento também se estende ao SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), onde houve uma equiparação salarial ao salário mínimo nacional em fevereiro, supostamente com a intervenção direta da mãe do prefeito, que já trabalhou no setor.


Para os educadores, está evidente que o discurso da gestão é incompatível com suas ações. A categoria cobra não apenas reajustes e melhorias estruturais, mas o fim das medidas que atacam diretamente sua dignidade profissional.


“O que se vê é uma política seletiva de valorização, onde alguns setores são privilegiados e outros, como a educação, são sistematicamente negligenciados. A luta é por respeito, justiça e reconhecimento”, afirma o SEPE.


A greve em Barra Mansa é mais do que uma paralisação: é um grito de resistência de quem se recusa a aceitar o desmonte da educação pública e o desprezo institucional pelos seus profissionais.



 
 
 

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