Profissionais da Educação de Barra Mansa Decidem Manter a Greve e Intensificam Mobilizações

Categoria reivindica valorização salarial, melhores condições de trabalho e repudia proposta de reforma da previdência municipal

Em assembleia realizada na quinta-feira (24), os profissionais da educação de Barra Mansa decidiram, por unanimidade, pela continuidade da greve iniciada recentemente. A paralisação, organizada pelo SEPE-BM (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação – Núcleo Barra Mansa), ganhou força diante do impasse nas negociações com a Prefeitura Municipal e da insatisfação geral da categoria com o tratamento recebido pela atual gestão.

Entre as principais reivindicações dos trabalhadores estão o reajuste salarial com base na recomposição das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, a valorização dos profissionais da ativa e aposentados, o cumprimento do Plano de Cargos e Salários e melhorias nas condições de trabalho nas escolas da rede municipal.

Outro ponto que tem gerado revolta é a proposta da administração municipal de modificar as regras da aposentadoria dos servidores, o que, segundo os educadores, representa um ataque direto aos direitos conquistados ao longo de décadas. A campanha do movimento, inclusive, ganhou força nas redes sociais com a hashtag #TiremAsMãosDaNossaAposentadoria.

Durante a assembleia, também foi aprovado um novo calendário de mobilizações para os próximos dias:

Sexta-feira (25/04):

• 08h30: Concentração na GARE Estação, com passeata até o Pátio da Prefeitura Municipal de Barra Mansa (PMBM);

• 15h: Ato público na Praça da Matriz.

Segunda-feira (28/04):

• 09h: Carreata, com concentração na Beira Rio (próximo ao Fórum);

• 18h: Nova assembleia da categoria.

O sindicato afirma que a greve seguirá por tempo indeterminado até que haja avanço concreto nas negociações. “Nossa luta é por respeito, dignidade e por uma educação pública de qualidade. Não aceitaremos retrocessos. Defender a educação é defender o futuro de Barra Mansa”, declarou um representante do SEPE-BM.

O movimento continua aberto ao diálogo, mas exige que a Prefeitura apresente propostas reais e efetivas. A categoria, mobilizada, promete manter as ruas ocupadas enquanto não houver resposta às suas demandas.

Foto Sepe