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PSOL reage à ofensiva pela cassação de Glauber Braga e acusa presidente da Câmara de manobra política

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 10 de abr.
  • 2 min de leitura

A Executiva Nacional do PSOL intensificou o tom contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), após o avanço do processo de cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), aprovado nesta quarta-feira (10) pelo Conselho de Ética da Casa. Braga é acusado de agredir um militante do MBL nas dependências do Congresso Nacional.


Segundo lideranças do PSOL, Motta tem se recusado a dialogar sobre o caso desde ontem, inclusive ignorando tentativas de contato feitas por aliados importantes, como o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. O partido anunciou que irá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contra o parecer da Comissão de Ética, e estuda também acionar o Supremo Tribunal Federal (STF).


O partido alega que Motta teria descumprido um acordo para iniciar as sessões plenárias às 16h30, o que daria tempo de evitar a deliberação do Conselho de Ética. Além disso, a Presidência da Câmara anunciou que a próxima semana terá sessões apenas remotas, o que, na visão do PSOL, esvazia a Casa e enfraquece a mobilização em defesa de Glauber.


Desde quarta-feira, o deputado Glauber Braga permanece em greve de fome no plenário da Comissão de Ética. O PSOL convocou dois atos em solidariedade ao parlamentar: o primeiro acontece nesta sexta-feira (11), no Buraco do Lume, no Centro do Rio, e outro está marcado para o dia 24, na Cinelândia.


Nos bastidores, aliados atribuem o avanço do processo à relação conflituosa de Braga com Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara e apontado como padrinho político de Hugo Motta. O atual presidente da Casa teria sinalizado a interlocutores que não pretende intervir em favor do deputado, considerado por muitos como um dos parlamentares mais combativos e controversos da atual legislatura.


O processo agora segue para o plenário da Câmara, onde são necessários 257 votos favoráveis para que a cassação seja confirmada. Avaliações internas apontam que Braga enfrenta resistência até entre partidos da oposição, o que torna o cenário desfavorável para sua permanência no cargo.


Mesmo diante desse quadro, o PSOL promete seguir com estratégias políticas e jurídicas para tentar barrar a cassação. Em nota, a legenda classificou a medida como “perseguição política” e anunciou que irá obstruir a pauta do plenário como forma de protesto.


Braga ainda não se pronunciou publicamente após a votação, mas seus aliados reiteram que ele continuará resistindo ao que consideram um ataque à sua liberdade de expressão e atuação parlamentar.




 
 
 

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