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Queimada criminosa expõe risco recorrente e inércia do poder público em Barra Mansa

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 19 de jun.
  • 2 min de leitura

Mais uma vez, moradores de Barra Mansa convivem com o descaso ambiental e a ameaça direta à própria segurança. Na última quarta-feira (18), um homem foi autuado por provocar uma queimada no bairro Boa Vista I. O fogo atingiu cabos da rede elétrica, provocando curtos-circuitos e obrigando a ação conjunta do Corpo de Bombeiros e da concessionária Light. A cena, no entanto, está longe de ser inédita — e revela o ciclo vicioso da impunidade e da falta de ações estruturantes.


A Prefeitura informou que a ação faz parte de uma operação contínua de combate às queimadas. Porém, se há continuidade, há também recorrência — e isso expõe o fracasso em coibir a prática. Em pleno século XXI, com leis ambientais rigorosas e penalidades previstas que chegam a cifras milionárias, a fiscalização ainda se mostra ineficiente e pontual, aparecendo apenas quando o fogo já escapou do controle.


Segundo a Guarda Ambiental, as chamas colocaram em risco a vida de pedestres e moradores. Ainda assim, o caso foi tratado como algo pontual e quase administrativo. O secretário de Meio Ambiente, Rodrigo Viana, reforçou os impactos à saúde e à biodiversidade, especialmente em períodos secos. O discurso, no entanto, não se traduz em ação efetiva de prevenção — campanhas educativas permanentes, drones de monitoramento ou um plano público de contingência para o período crítico simplesmente não são vistos.


O que se vê é a velha fórmula: o morador denuncia, os agentes chegam tarde, o infrator é multado (quando identificado), e a rotina recomeça. Enquanto isso, bairros como o Boa Vista I seguem expostos ao risco de incêndios, apagões e tragédias evitáveis. E quando o fogo se alastra, a pergunta inevitável volta: quem vai apagar a omissão do Estado?


As denúncias seguem sendo a principal — e quase única — ferramenta de enfrentamento. Moradores podem (e devem) ligar para o número (24) 2106-3406. Mas até quando a solução será terceirizar à população uma responsabilidade que é, acima de tudo, do poder público?


Foto Divulgação


 
 
 

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