top of page
Buscar

Rio de Janeiro abriga mais de 200 foragidos de outros estados, incluindo líderes do tráfico

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 17 de mar.
  • 2 min de leitura

O Rio de Janeiro tornou-se refúgio para pelo menos 249 criminosos foragidos de outros estados, muitos deles líderes do tráfico de drogas que se escondem em favelas da região metropolitana. Entre os mais procurados está Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como “Cigarreira”, suspeito de ordenar o assassinato de Antônio Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), morto a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.


De acordo com a polícia, Cigarreira teria se refugiado no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, área controlada pelo Comando Vermelho. Investigadores afirmam que ele já foi visto em festas promovidas por traficantes locais. Estados como Goiás (53), Pará (35) e Bahia (33) lideram os pedidos de apoio para a captura de criminosos escondidos em território fluminense.


Infraestrutura e apoio de facções locais atraem foragidos


Além da proteção oferecida pelas facções criminosas, os foragidos encontram em algumas favelas do Rio uma infraestrutura luxuosa, com piscinas, academias, saunas e festas frequentes. Essas condições tornam a cidade um destino estratégico para criminosos que fogem de operações em outros estados.


O governador Cláudio Castro (PL) defende maior rigor na legislação penal e reforço no controle das fronteiras estaduais para combater a presença de foragidos. “Só a ação das nossas polícias não basta. Levei a Brasília propostas para endurecimento das leis contra o crime organizado e mais autonomia para os estados”, declarou Castro.


ADPF 635: a decisão do STF que pode impactar as operações policiais


Uma das principais apostas do governo do Rio é a suspensão da ADPF 635, medida que restringe operações policiais em comunidades desde 2020. A norma, em análise no Supremo Tribunal Federal (STF), deve ser julgada no próximo dia 26. Segundo a polícia, as limitações impostas pela ADPF facilitaram a expansão das facções criminosas.


A rivalidade entre PCC e Comando Vermelho, intensificada após a morte do traficante Jorge Rafaat Toumani em 2016, também contribuiu para a migração de criminosos para o Rio de Janeiro. Entretanto, um relatório do Ministério da Justiça divulgado este ano sugere uma possível trégua entre as facções.


“Resorts do tráfico” e ostentação em áreas dominadas


A ostentação em favelas controladas por facções se tornou um símbolo do poder do tráfico. Recentemente, a polícia destruiu um “resort do tráfico” no Complexo de Israel, que incluía um lago artificial, área de churrasco e campo de futebol.


Para especialistas, esse comportamento é uma forma de compensação social e busca por reconhecimento. “Muitos vêm de realidades de extrema desigualdade e usam a exibição de riqueza como forma de status”, explica o psicanalista Artur Costa.


Combate à corrupção policial enfrenta desafios


O governo fluminense implementou um programa de serviços voluntários para policiais, que paga até R$ 1.200 por plantão, em uma tentativa de reduzir a corrupção dentro das forças de segurança. Apesar da medida, denúncias de envolvimento de agentes com traficantes continuam frequentes, revelando a complexidade do enfrentamento ao crime organizado no



 
 
 

댓글


bottom of page