Rio de Janeiro Apreende 732 Fuzis em 2024: Avanços na Segurança e Desafios Persistentes
- Marcus Modesto
- 24 de jan.
- 2 min de leitura
O Estado do Rio de Janeiro encerrou 2024 com recordes na segurança pública. A apreensão de 732 fuzis ao longo do ano – um aumento de 20% em relação a 2023 – destaca a intensificação do combate ao crime organizado. Além disso, a letalidade violenta atingiu o menor índice em 34 anos, refletindo a atuação das forças policiais.
Os números divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) evidenciam um crescimento na produtividade policial. O aumento de 14,7% nas prisões em flagrante, a recuperação de 19.034 veículos roubados e o cumprimento de 13.866 mandados de prisão são indicativos de um policiamento ostensivo e eficiente. Contudo, os dados também revelam a persistência da criminalidade, especialmente a reincidência de criminosos. O governador Cláudio Castro enfatizou a necessidade de endurecimento da legislação para evitar o chamado “retrabalho policial”, onde criminosos são presos repetidamente sem medidas eficazes para coibir sua atuação.
Outro ponto relevante foi a redução dos homicídios dolosos e das mortes por intervenção policial. Com quedas de 11% e 19,8%, respectivamente, os índices sugerem um avanço no equilíbrio entre repressão ao crime e redução da letalidade policial. No entanto, o debate sobre o modelo de segurança pública no estado continua. A apreensão de um volume significativo de armas e drogas indica a continuidade do fluxo do tráfico, enquanto os desafios estruturais, como a precarização das comunidades e a falta de políticas de ressocialização, seguem como entraves para uma solução duradoura.
Os avanços são inegáveis, mas a segurança pública não pode ser medida apenas por números. A redução da criminalidade a longo prazo exige não apenas o fortalecimento das forças policiais, mas também investimentos em educação, geração de empregos e políticas sociais que ataquem as raízes da violência. Sem essa abordagem integrada, os recordes de apreensão e prisões podem se tornar apenas um reflexo cíclico de um problema ainda distante de uma solução definitiva.

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