Rodrigo Pacheco descarta integrar governo e reafirma permanência no Senado
- Marcus Modesto
- 17 de mar.
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O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) descartou a possibilidade de integrar o governo federal após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último sábado (15), no Palácio da Alvorada. Apesar de ser cotado para assumir um ministério, o ex-presidente do Senado afirmou que pretende permanecer na Casa Legislativa pelos próximos dois anos, mantendo seu apoio à gestão petista.
O encontro contou com a participação do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), aliado próximo de Pacheco. Segundo relatos, Lula não fez um convite formal, mas questionou os planos políticos do senador mineiro, que reafirmou seu compromisso com o Senado e o interesse em atuar em pautas estratégicas, como a atualização do Código Civil.
Cotado para ministérios, Pacheco prefere permanecer no Senado
Desde abril de 2023, Lula avalia a possibilidade de incluir Pacheco em sua equipe ministerial, com as conversas se intensificando nos últimos meses em meio às negociações para uma reforma ministerial. O senador chegou a ser mencionado para ocupar pastas de peso, como o Ministério da Justiça, hoje comandado por Ricardo Lewandowski, ou o Ministério do Desenvolvimento, sob responsabilidade de Geraldo Alckmin. No entanto, a substituição em áreas estratégicas do governo envolve articulações políticas complexas.
Durante a reunião, Lula também sugeriu que Pacheco seja candidato ao governo de Minas Gerais em 2026 como representante da aliança governista. O senador, porém, resiste à ideia. Segundo interlocutores, ele já decidiu não disputar a reeleição para o Senado, mas ainda avalia seus próximos passos para o cenário eleitoral.
Reforma ministerial segue indefinida
Enquanto Pacheco opta por permanecer no Senado, as discussões sobre a reforma ministerial continuam em aberto. Lula já realizou mudanças em pastas como a Secretaria de Comunicação, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Relações Institucionais, mas outras alterações ainda estão em análise dentro do governo.
A permanência de Pacheco no Senado é vista como estratégica para o Palácio do Planalto, especialmente diante da importância de Minas Gerais no xadrez político para as eleições presidenciais de 2026.

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