Seis espécies de felinos ameaçados são registradas no Parque Estadual da Serra da Concórdia

Um dos registros mais significativos da conservação da fauna fluminense aconteceu entre julho e agosto deste ano, no Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença (RJ). Câmeras instaladas pela equipe do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) flagraram a presença de seis espécies de felinos silvestres circulando pelas trilhas da unidade de conservação.

Foram identificados a onça-pintada, onça-parda, jaguatirica, jaguarundi, gato-maracajá e o gato-do-mato-pequeno. Cinco dessas espécies constam em listas de ameaça de extinção. No Rio de Janeiro, a situação da onça-pintada é a mais crítica: ela é classificada como “Criticamente em perigo”. Já a onça-parda e o gato-maracajá são considerados “Vulneráveis”. Em nível nacional, o Ministério do Meio Ambiente também inclui o gato-do-mato-pequeno e o jaguarundi nessa mesma categoria.

As câmeras utilizadas são camufladas e ativadas remotamente, o que permite captar imagens em alta resolução sem interferir no comportamento dos animais. Esses registros não têm apenas valor científico, mas também funcionam como ferramenta de educação ambiental e sensibilização da sociedade para a importância das áreas protegidas.

“Este é um registro histórico que consagra anos de dedicação da Diretoria de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas. Ver as seis espécies de felinos silvestres do Estado no mesmo território é a prova de que nossas áreas protegidas estão cumprindo seu papel de preservar e restaurar a Mata Atlântica, oferecendo equilíbrio e abrigo para espécies-chave do ecossistema”, afirmou Cleber Ferreira, diretor do Inea.

Criado em 2002 e ampliado em 2016, o Parque Estadual da Serra da Concórdia possui 5.950 hectares de Mata Atlântica, abrangendo áreas de Valença e Barra do Piraí. Considerado um refúgio estratégico para a fauna e flora, o parque reforça o papel das unidades de conservação na manutenção da biodiversidade e no enfrentamento da crise climática.

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