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STF inicia julgamento de Bolsonaro sob esquema de segurança inédito em Brasília

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 2 de set.
  • 2 min de leitura

O Supremo Tribunal Federal (STF) abre nesta terça-feira (2) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Considerado o processo mais relevante da história recente da Corte, o caso levou à adoção de um esquema de segurança sem precedentes, que deve se manter até 12 de setembro, quando terminam as sessões previstas.


A estratégia inclui o fechamento da Praça dos Três Poderes, instalação de novos pórticos de detecção de metais, revistas minuciosas em mochilas e reforço expressivo do policiamento ostensivo. Parte do aparato continuará até o fim do mês, já que em 29 de setembro está marcada a posse do novo presidente do STF, ministro Edson Fachin.


Segurança reforçada


Desde as primeiras horas desta terça, policiais legislativos intensificaram o cerco em torno do Supremo, com apoio de cães farejadores. Também foram mobilizados o Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM), o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT) e a tropa de choque da Polícia Militar.


Além da Polícia Judicial, agentes de outros quatro tribunais foram deslocados para Brasília. Parte desse efetivo — cerca de 30 guardas vindos do Rio e de São Paulo — está alojada dentro do STF desde o início da semana.


O monitoramento contará ainda com drones equipados com câmeras térmicas, capazes de identificar movimentações a grandes distâncias, de dia e à noite. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, a tecnologia permitirá varreduras contínuas, aumentando a capacidade de vigilância sobre o perímetro.


Precedentes de risco


A Corte classificou a operação como de risco elevado, a mais alta categoria de segurança, usada em raras ocasiões — como o julgamento do Mensalão. O reforço é atribuído tanto ao peso histórico do julgamento quanto à coincidência com o feriado de 7 de Setembro, data marcada por atos políticos em Brasília.


Entre os episódios recentes que serviram de alerta estão a explosão de um artefato caseiro na Praça dos Três Poderes, em 2022, e a ameaça de invasão ao STF, em 2021, por grupos bolsonaristas.


Monitoramento em tempo real


Além do policiamento ostensivo, foi criada uma célula de inteligência para acompanhar em tempo real redes sociais e identificar movimentações suspeitas. A medida busca reduzir o tempo de resposta das forças de segurança e evitar tumultos durante as sessões.


Com a combinação de tecnologia, efetivo ampliado e vigilância permanente, o STF se prepara para enfrentar não apenas um julgamento de impacto político e jurídico inédito, mas também uma das operações de segurança mais complexas já realizadas em Brasília.


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