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Suspeito de envolvimento em assassinato de rival, bicheiro Marcelo Cupim é preso no Rio

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura

Apontado como chefe da contravenção na Zona Norte do Rio de Janeiro, o bicheiro Marcelo Simões Mesqueu, conhecido como Marcelo Cupim, foi preso na manhã desta segunda-feira (30) em uma operação conjunta do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar.


A prisão preventiva foi autorizada pela 4ª Vara Criminal da Capital e cumprida em uma mansão de luxo onde o contraventor morava, em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ele é suspeito de envolvimento na morte do também contraventor Haylton Carlos Gomes Escafura, assassinado em 2017 junto com a namorada, a policial militar Franciene de Souza.


Segundo as investigações, o crime teria sido motivado por uma disputa por pontos do jogo do bicho. Haylton era filho de José Caruzzo Escafura, o “Piruinha”, um dos nomes históricos da contravenção no estado. Com a morte do rival, Marcelo Cupim teria assumido parte dos territórios antes controlados pela família Escafura, o que teria ampliado sua influência dentro do jogo ilegal no Rio.


A operação desta segunda também cumpriu 15 mandados de busca e apreensão contra outros seis alvos investigados, entre eles dois policiais militares. A força-tarefa busca aprofundar a apuração sobre o envolvimento de agentes públicos com o grupo de Cupim e o uso de estruturas legais para facilitar a atuação do crime organizado.


Ligação com Bernardo Bello


As autoridades afirmam que Marcelo Cupim mantinha ligações estreitas com o também bicheiro Bernardo Bello, considerado um dos principais operadores da contravenção no estado. Segundo o MPRJ, Cupim atuava como uma figura estratégica dentro dessa rede, ajudando a controlar pontos de apostas e máquinas caça-níqueis em diferentes regiões da capital fluminense.


O material apreendido na operação será analisado para fortalecer a base de provas. Os investigadores não descartam novas denúncias por crimes como organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro e envolvimento em homicídio.


Essa não é a primeira vez que Cupim é alvo das autoridades. Em novembro de 2023, ele já havia sido preso durante a Operação Fim da Linha, quando era considerado foragido e acabou denunciado por crimes relacionados à exploração do jogo do bicho.


A nova prisão representa mais um capítulo nas disputas violentas e milionárias pelo controle da contravenção no Rio — um submundo que, apesar das décadas de repressão, segue ativo e ligado a redes de corrupção e violência em diversas áreas da cidade.



 
 
 

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