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Tentativa de assalto a jogadores do Flamengo escancara insegurança crônica no Rio: até a elite vira alvo

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 8 de mai.
  • 2 min de leitura

Nem a blindagem de carros de luxo, nem o status de ídolos do futebol foram suficientes para proteger os jogadores do Flamengo da violência urbana que assola o Rio de Janeiro. Na madrugada desta quinta-feira (8), o retorno da delegação rubro-negra ao Brasil foi interrompido por uma tentativa de assalto digna de filme policial: bandidos atiraram contra o carro do goleiro Agustín Rossi, que só não foi atingido graças à blindagem do veículo. Quatro disparos. Na Linha Amarela. Às 5h30 da manhã.


O caso, embora tratado como “isolado” pelas autoridades e pela nota cautelosa do clube, é mais uma mostra de que o Rio de Janeiro está à deriva em termos de segurança pública. A ousadia dos criminosos revela um cenário de total descontrole: se atletas famosos, com carros blindados e escolta informal, não estão seguros, o que dizer do cidadão comum que enfrenta diariamente esse trajeto em carros populares e sem qualquer proteção?


É simbólico — e trágico — que o ataque tenha ocorrido justamente na Linha Amarela, uma das vias expressas mais importantes da cidade, que deveria representar agilidade e segurança para quem circula entre zonas estratégicas da capital. Em vez disso, virou sinônimo de perigo constante, com episódios recorrentes de assaltos, tiroteios e perseguições.


A resposta das autoridades, até agora, segue o roteiro de sempre: “a Polícia Civil foi acionada e deve abrir inquérito”. Mas o que vem depois disso? Investigações que raramente resultam em prisões efetivas? Reforços pontuais de policiamento que duram até a próxima manchete? A criminalidade fluminense parece jogar com a certeza da impunidade — e está vencendo.


O episódio também expõe a fragilidade da política de segurança do estado, que concentra esforços em operações ostensivas e confrontos, mas negligencia ações estruturais de prevenção, inteligência e combate ao crime organizado nas principais rotas urbanas. A elite esportiva ter sido vítima não é o foco da indignação — o problema é que nem ela escapa da falência de um sistema que não protege ninguém.


A tragédia só não foi maior porque os disparos não atingiram o atleta. Mas o recado foi dado: no Rio, até craques voltando de jogos internacionais são alvo. E, infelizmente, a arquibancada da violência está sempre cheia — enquanto as promessas de segurança continuam vazias.


 
 
 

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