Tiroteio, granada e escola em pânico: rotina de guerra na Baixada Fluminense
- Marcus Modesto
- 5 de jun.
- 2 min de leitura
O que era para ser apenas mais uma tarde na Via Dutra, em Nova Iguaçu, virou cena de guerra na Baixada Fluminense. Um ataque a tiros contra agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na altura de Austin, deixou motoristas em pânico, interditou um viaduto e obrigou alunos de uma escola próxima a se jogarem no chão para não serem atingidos.
O confronto aconteceu por volta das 14h desta quarta-feira (4), quando dois criminosos abriram fogo contra uma viatura da PRF. Na fuga, um terceiro suspeito abandonou uma granada no meio da via. O artefato, que por sorte estava desativado, só foi removido após a chegada do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil. A interdição do viaduto só foi encerrada às 15h50.
Em meio ao caos, Luiz Eduardo Sampaio Bispo, de 22 anos, foi preso. Contra ele, um mandado de prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Com o criminoso, os agentes apreenderam uma pistola. A ação contou ainda com apoio do Comando de Policiamento Ambiental (CPAm) e do 20º BPM (Mesquita), que auxiliaram nas buscas pelos demais envolvidos.
O caso foi registrado na 56ª DP (Comendador Soares), que agora investiga não só a origem da granada, como também as circunstâncias do ataque, que poderia facilmente ter terminado em tragédia.
O episódio escancara, mais uma vez, a rotina de insegurança que toma conta das rodovias do Rio e das cidades da Baixada Fluminense. Criminosos fortemente armados, transitar com explosivos e atacar forças policiais no meio do dia já não é mais um fato extraordinário — é quase cotidiano.
A pergunta que fica não é apenas onde estão os criminosos foragidos, mas onde está o Estado quando quem corre risco é a população, refém de uma guerra que parece não ter fim.

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