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Torcedores armados e atletas sob tiro: a falência da segurança no futebol carioca

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 8 de mai.
  • 2 min de leitura

A noite de quarta-feira (7) escancarou, mais uma vez, a falência do aparato de segurança pública diante da escalada de violência ligada ao futebol no Rio de Janeiro. Um confronto entre torcedores de Flamengo e Vasco na Avenida Santa Cruz, em Senador Camará, transformou uma via movimentada da Zona Oeste em cenário de guerra urbana. Tiros foram disparados em plena rua, enquanto moradores e motoristas corriam em pânico. A Polícia Militar sequer foi acionada. Ninguém foi preso. E tudo parece seguir como se fosse normal.


Os episódios não pararam por aí. Na madrugada seguinte, jogadores do Flamengo foram alvo de uma tentativa de assalto na Linha Amarela, quando criminosos dispararam quatro vezes contra o carro blindado do goleiro Rossi. O ataque foi violento e direto — e poderia facilmente ter acabado em tragédia.


A sucessão de fatos — torcedores armados nas ruas e atletas profissionais sendo caçados por bandidos — revela o completo descontrole da situação. A rivalidade entre torcidas organizadas, que deveria ser apenas parte do espetáculo esportivo, tornou-se combustível para ações criminosas, sem que o Estado tenha qualquer resposta à altura. O 14º BPM sequer foi chamado para conter a briga generalizada em Senador Camará. E quando se trata de uma tentativa de homicídio contra atletas de um dos maiores clubes do país, a resposta oficial ainda é protocolar: imagens sendo requisitadas e convocações para depoimento.


A linha entre o fanatismo e o crime já foi cruzada há muito tempo — e a omissão das autoridades segue cavando esse abismo. O futebol carioca, patrimônio cultural e paixão popular, está sendo sequestrado por criminosos travestidos de torcedores e pela falta de ação de um poder público que assiste, inerte, à degradação do esporte e da segurança coletiva.


Até quando?


 
 
 

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