Trump, Lula e líderes mundiais vão a Roma para funeral do papa Francisco neste sábado

A capital italiana se prepara para receber uma das maiores mobilizações internacionais dos últimos anos. O Vaticano confirmou que o funeral do papa Francisco será realizado neste sábado (26), e ao menos 200 chefes de Estado e de governo devem comparecer à cerimônia, incluindo nomes de peso como o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o argentino Javier Milei e o francês Emmanuel Macron.

O corpo de Francisco está sendo velado na capela da Casa Santa Marta e será levado nesta quarta-feira (23) à Basílica de São Pedro, onde permanecerá exposto para visitação pública. A missa fúnebre deverá reunir cerca de 300 mil pessoas na Praça de São Pedro, incluindo os líderes internacionais. No total, as autoridades italianas estimam que 1,5 milhão de fiéis passem por Roma durante os próximos dias.

O esquema de segurança é massivo. A região do Vaticano amanheceu, nesta terça-feira, com acesso restrito, forte presença policial e rígido controle nos arredores. O dirigente da Proteção Civil italiana, Fábio Ciciliano, foi nomeado comissário extraordinário para coordenar as operações. Estações de trem e aeroportos também funcionam com protocolos especiais.

A morte do papa Francisco, aos 88 anos, ocorreu na manhã de segunda-feira (21), em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. O boletim médico, assinado por Andrea Arcangeli, médico oficial do Vaticano, informa que o pontífice entrou em coma antes de sofrer um colapso cardiorrespiratório irreversível por volta das 7h35 (horário local).

Francisco enfrentava um quadro de saúde frágil, com histórico de pneumonia bilateral, bronquiectasias (dilatação dos brônquios), hipertensão e diabetes tipo 2. Sua última internação, iniciada em 14 de fevereiro, foi a quarta e mais longa desde sua eleição em 2013.

A morte do pontífice acontece em meio ao Jubileu da Igreja, evento que já trazia milhares de peregrinos a Roma. Agora, o movimento se intensifica com a expectativa em torno do funeral e do conclave, que será iniciado nos próximos dias pelos cardeais. A sucessão papal promete ser uma das mais acompanhadas da história recente.