Uma reunião de fachada?
- Marcus Modesto
- 21 de mar.
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Luiz Paulo Netto
Nesta sexta-feira (21), a Direção da Santa Casa de Barra Mansa recebeu os vereadores do município para uma reunião que, em teoria, buscava estreitar o diálogo entre o hospital e a Câmara Municipal. Com o discurso habitual de “compartilhar indicadores” e “alinhar parcerias”, o encontro parece mais uma tentativa de acalmar a opinião pública do que, de fato, promover mudanças concretas na saúde local.
A apresentação de números e serviços, embora importante, não basta para resolver os problemas enfrentados diariamente pelos pacientes. Filas de espera, falta de medicamentos e demora no atendimento ainda são queixas constantes da população. O que os vereadores têm feito, na prática, para fiscalizar e cobrar melhorias? A participação em reuniões protocolares e comunicados otimistas não substituem a responsabilidade de exigir transparência e resultados efetivos.
Além disso, a promessa da Santa Casa em “manter uma relação transparente” soa vazia diante da ausência de esclarecimentos sobre questões críticas, como a gestão dos recursos públicos destinados ao hospital e a falta de investimentos em infraestrutura. Onde estão os planos concretos para melhorar o atendimento?
Se o objetivo real é aprimorar a saúde no município, é preciso ir além das palavras. A população espera que esse “alinhamento” resulte em ações concretas, com fiscalização rigorosa, investimentos claros e, acima de tudo, respeito ao direito fundamental de acesso à saúde de qualidade. Até lá, reuniões como essa continuarão parecendo mais um teatro institucional do que um compromisso genuíno com a melhoria do sistema de saúde.

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