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“Vereador defende farmacêuticos, mas vira as costas para os profissionais da educação: incoerênciae escancarada”

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 14 de jun.
  • 2 min de leitura

BARRA MANSA (RJ) – Enquanto posa como defensor da valorização dos farmacêuticos, o vereador que organizou e presidiu a recente Audiência Pública da categoria parece ter memória curta — ou seletiva. Em plenário, foi o mesmo que votou contra projetos voltados à valorização dos profissionais da educação, como o reajuste salarial e o cumprimento do piso nacional do magistério. A incoerência salta aos olhos e levanta questionamentos sobre o real compromisso com os servidores públicos do município.


A audiência, que reuniu representantes do Conselho de Farmácia, profissionais da área, estudantes e parlamentares, teve como pauta central a inclusão do adicional de salubridade para os servidores farmacêuticos. A proposta é justa e necessária. No entanto, soa oportunista quando parte de quem já demonstrou, em outras votações, que a defesa do funcionalismo depende do setor envolvido — e, principalmente, da conveniência política do momento.


Durante a audiência, foi anunciada a criação de um grupo de trabalho e o agendamento de reuniões com o Executivo para discutir a viabilidade do benefício. Tudo muito organizado, com discurso afinado e palavras de ordem. Mas nos bastidores da Câmara, a lembrança recente da votação contra os educadores ainda ecoa com revolta.


A pergunta que fica é simples: por que os farmacêuticos merecem atenção, enquanto os professores, historicamente desvalorizados, foram ignorados? A resposta pode estar menos em princípios e mais em estratégia política. Afinal, é mais fácil construir uma base com uma categoria menos mobilizada do que enfrentar sindicatos atuantes como o do magistério.


O discurso da “valorização dos servidores” precisa valer para todos — e não apenas quando serve à autopromoção. O que se viu foi mais uma performance política do que um compromisso real com políticas públicas estruturantes. Defender os farmacêuticos é correto. O que não dá é para esquecer os demais servidores, principalmente quando se vota contra eles.


Em tempos de desconfiança e descrença na política, o que o povo menos precisa é de incoerência. E a cara de pau, neste caso, ficou evidente.



 
 
 

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