Violência em alta: Barra Mansa supera média nacional de homicídios em 27%
- Marcus Modesto
- 13 de mai.
- 2 min de leitura
A violência em Barra Mansa atingiu um patamar alarmante. Segundo o Atlas da Violência 2025, divulgado pelo Ipea em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cidade apresenta uma taxa de 31,2 homicídios por 100 mil habitantes, superando em 27% a média nacional, que é de 24,5. O dado coloca o município entre os mais violentos do Sul Fluminense e expõe o fracasso das políticas públicas locais no enfrentamento da criminalidade.
Apesar de ações pontuais, como o programa “Bairro Presente”, que apontou reduções em crimes patrimoniais — como 100% nos roubos a estabelecimentos comerciais e 62,5% nos roubos a transeuntes —, a escalada da violência letal mostra que o problema vai muito além da simples repressão. A atual administração, comandada pelo prefeito Luiz Furlani, insiste em ações de curto prazo enquanto negligencia as causas estruturais da violência, como a desigualdade social, o abandono da juventude e a ausência de políticas públicas integradas.
Os dados do Atlas indicam que os homicídios estão concentrados em municípios onde falham os pilares básicos do Estado. E Barra Mansa se encaixa nesse retrato. A juventude, especialmente nas periferias, sofre com a falta de oportunidades, escolas sucateadas, ausência de espaços culturais e programas de inserção social. O poder público, por sua vez, insiste em ignorar essa realidade, apostando em estatísticas seletivas e ações de marketing.
A violência não se combate apenas com policiamento. Segurança pública eficaz exige investimentos sérios em educação, saúde, assistência social e geração de empregos. Sem essa abordagem ampla, os índices continuarão altos, e a cidade seguirá adoecida.
Enquanto o governo tenta minimizar a gravidade dos números, Barra Mansa chora seus mortos. A cada jovem assassinado, evidencia-se o custo da omissão. Sem coragem política para enfrentar a raiz do problema, a administração municipal torna-se cúmplice de uma tragédia que já ultrapassou os limites do aceitável.

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