Violência explode em Barra Mansa e escancara falência do sistema de segurança pública
- Marcus Modesto
- 14 de abr.
- 1 min de leitura
Barra Mansa voltou a viver dias de terror. Em menos de 24 horas, dois assassinatos brutais colocaram a cidade novamente no noticiário policial e escancararam a fragilidade da segurança pública no município. No sábado (12), um jovem foi encontrado morto em circunstâncias que lembram execuções do crime organizado: amarrado, amordaçado e com marcas de tiro no rosto, na estrada entre os bairros Santa Rita de Cássia e Vila Nova.
Na noite anterior, sexta-feira (11), outro homicídio. Um homem foi executado dentro de um bar, diante de testemunhas, em mais um episódio que desafia não apenas a polícia, mas o poder público como um todo.
Após um mês de março relativamente mais calmo, a escalada da violência em abril aponta para uma realidade que não pode mais ser varrida para debaixo do tapete: Barra Mansa está exposta, vulnerável, e os cidadãos têm sido deixados à própria sorte.
O discurso oficial de que “tudo está sob controle” soa, no mínimo, desrespeitoso com uma população que convive com medo, que evita sair à noite e que já se acostumou a ouvir tiros ao longe. A normalização da barbárie é um perigo maior do que os próprios criminosos: ela anestesia a sociedade e desobriga o Estado.
É urgente que as autoridades municipais, estaduais e federais se posicionem de forma clara e eficaz. Não basta lamentar. É preciso ação. Investigações rápidas, presença ostensiva da polícia, investimentos em inteligência e, sobretudo, uma política de segurança que vá além da maquiagem e da retórica.
Enquanto isso não acontece, Barra Mansa segue refém da criminalidade — e seus moradores, reféns do medo.

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