Violência Explode em Barra Mansa no Mesmo Dia da Visita do Secretário da PM

Enquanto o secretário estadual da Polícia Militar, tenente-coronel Marcelo de Menezes, visitava Barra Mansa nesta quarta-feira (22) para discutir a instalação de uma Companhia Independente da PM, a cidade testemunhava mais um brutal episódio de violência. Douglas, comerciante e dono de um depósito de bebidas na entrada da Vila Delgado, no bairro Ano Bom, foi executado a tiros. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu aos ferimentos.

O cenário de medo se intensifica a cada dia. Moradores desesperados, marcas de sangue no asfalto e uma cidade refém da guerra entre facções. A Polícia Civil investiga se o crime tem relação com o tráfico de drogas, enquanto a população se pergunta: onde está o planejamento efetivo de segurança para conter essa escalada de violência?

Mais um dia, mais mortes – e o que está sendo feito?

Desde a semana passada, a criminalidade tomou conta de Barra Mansa. Foram nove mortes em poucos dias, com uma série de ataques violentos:

• 15 de janeiro: Três homens foram assassinados dentro de um carro na Avenida Joaquim Leite, no Centro.

• 16 de janeiro: Em retaliação, criminosos incendiaram duas ambulâncias do Samu e dois carros de passeio.

• 20 de janeiro: Um duplo homicídio foi registrado no bairro Nove de Abril, durante uma festividade da Folia de Reis.

• 22 de janeiro: Douglas é morto a tiros em seu próprio estabelecimento.

Em meio a esse caos, a visita do secretário estadual da PM deveria ter trazido mais do que discursos e promessas. O prefeito Luiz Furlani, que classificou os crimes como uma “afronta à cidade e ao poder público”, precisa apresentar soluções concretas. A instalação da Companhia Independente da PM é uma promessa válida, mas será suficiente?

A população exige respostas urgentes. Quantos mais precisarão morrer para que medidas reais de segurança sejam implementadas? Até quando Barra Mansa será palco de execuções em plena luz do dia, sem que o poder público assuma o controle da situação?

A violência não espera. E a cidade não pode mais esperar por promessas vazias.

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