Volta Redonda inicia plenárias para revisão do Plano Diretor com foco em participação popular e futuro sustentável
- Marcus Modesto
- há 4 horas
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A Prefeitura de Volta Redonda, por meio do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPU), iniciou nesta quarta-feira (12) a série de plenárias setoriais que culminarão em Audiência Pública no dia 9 de dezembro, aberta a toda a população. Os encontros fazem parte da fase de diagnóstico da revisão do Plano Diretor Participativo, documento que orientará o desenvolvimento urbano do município pelos próximos dez anos.
O processo começou em maio, com a formação de uma Comissão Intersetorial composta por representantes de diversos órgãos municipais e acompanhada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CMDU). A coordenação técnica é do IPPU, com consultoria dos arquitetos Vicente de Paula Loureiro, Luciana Leite de Souza e Vladimir de Souza.
Primeira plenária reúne gestores públicos
O primeiro encontro foi realizado no auditório da prefeitura e contou com a presença de secretários municipais, dirigentes de autarquias e representantes de órgãos públicos das esferas municipal, estadual e federal. A pauta girou em torno da integração das políticas públicas e da necessidade de alinhar estratégias para o crescimento ordenado da cidade.
Próximos encontros e participação popular
As próximas plenárias estão divididas por setores:
• 18 de novembro: Setor Empresarial
• 27 de novembro: Setor Acadêmico, Científico e Conselhos de Classe
• 3 de dezembro: Movimentos Sociais, ONGs e Sindicatos de Trabalhadores
Todas serão realizadas às 19h, na sede da Aciap-VR. A Audiência Pública final ocorrerá no dia 9 de dezembro, às 19h, na Câmara Municipal, seguida de um período de consulta pública online.
Diagnóstico revela desafios urbanos
A análise preliminar apresentada pela comissão mostra mudanças no perfil demográfico de Volta Redonda — a idade mediana da população é de 39 anos, o que exige políticas voltadas ao envelhecimento ativo e à requalificação urbana. Entre os principais desafios estão a melhoria da mobilidade, a distribuição equilibrada dos serviços públicos e o controle da expansão desordenada do solo.
Outros pontos estratégicos incluem o estímulo à mobilidade ativa (com rotas caminháveis e acessíveis), a redução da dependência de veículos individuais e o fortalecimento dos bairros multifuncionais, com oferta de moradia, comércio, lazer e áreas verdes próximas.
Planejar o futuro com participação real
Para o presidente do IPPU, Abimailton Pratti da Silva, a revisão do Plano Diretor representa uma oportunidade de repensar o futuro da cidade com base em sustentabilidade e inclusão.
“O Plano Diretor é fundamental para orientar o desenvolvimento e garantir qualidade de vida, especialmente para as novas gerações. Nosso objetivo é que ele vá além das exigências legais e se torne um instrumento real de transformação urbana”, afirmou.
A revisão do Plano Diretor de Volta Redonda ocorre em um momento decisivo, em que a pressão por crescimento urbano precisa ser equilibrada com qualidade de vida, mobilidade e sustentabilidade. O desafio agora é transformar o debate técnico e político em ações concretas — com participação efetiva da população e compromisso de longo prazo das gestões municipais.
Foto Adriana Cópio




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