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Volta Redonda terá novo Centro de Convivência para fortalecer a assistência psicossocial

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 28 de fev.
  • 3 min de leitura

Com o compromisso de ampliar a rede de atenção psicossocial e garantir um atendimento humanizado à saúde mental, Volta Redonda se prepara para inaugurar um Centro de Convivência. O novo espaço será um marco na assistência psicossocial da cidade, promovendo acolhimento, inclusão e integração social para adultos em sofrimento psíquico.


O Centro oferecerá uma ampla programação cultural e artística, com oficinas de pintura em tela, cinema, teatro, dança, música, contação de histórias, artesanato com material reciclado e atividades físicas. Além disso, contará com uma Tenda Cultural da Liberdade, um espaço dedicado à expressão criativa e ao fortalecimento da autonomia dos participantes.


Segundo a coordenadora do Programa de Saúde Mental de Volta Redonda, a médica Suely Pinto, a criação do Centro vai além da ampliação dos serviços: representa um avanço significativo na luta contra a violência institucional e o modelo de encarceramento psiquiátrico, que por décadas marginalizou pessoas com transtornos mentais.


“O Centro de Convivência fortalece a Rede de Atenção Psicossocial ao simbolizar o cuidado em liberdade e a garantia de direitos das pessoas em sofrimento psíquico. Mais do que um espaço de acolhimento, ele será um agente de transformação social, apoiando a recuperação e a autonomia dos indivíduos por meio da convivência, do afeto e da cultura”, destacou a médica.


Investimento e estrutura


Com um investimento de R$ 2 milhões, o Centro de Convivência ocupará uma área de 661,92 m² e será financiado por meio de uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado de Saúde (via COFI-RAPS) e o Tesouro Municipal.


A proposta é garantir um espaço planejado para acolher e integrar os usuários, promovendo o cuidado com dignidade, respeito e inclusão social.


Rede de Atenção Psicossocial de Volta Redonda


O município já conta com uma rede estruturada para o atendimento de saúde mental. O novo Centro de Convivência chega para fortalecer esse trabalho, que inclui:


CAPS Usina dos Sonhos (desde 1995): Atendimento especializado para transtornos mentais graves (2.179 usuários ativos).

CAPS AD Lúcia Maria Bessada (desde 2004): Atendimento para dependência de substâncias psicoativas (1.128 usuários ativos).

CAPS Vila Esperança (desde 1998): Atendimento para transtornos mentais severos e persistentes (3.254 usuários ativos).

CAPS Dr. Sérgio Sibílio Fritsch (desde 2009): Atendimento para transtornos mentais graves e autismo (948 usuários ativos).

CAPS Infantil Viva Vida (desde 1995): Atendimento especializado para crianças e adolescentes com transtornos mentais (463 usuários ativos).

Espaço de Cuidados em Saúde (desde 2011): Atendimento para necessidades de menor complexidade (2.179 usuários ativos).


Residências Terapêuticas e suporte emergencial


Além dos CAPS, Volta Redonda conta com quatro Residências Terapêuticas, que oferecem moradia e acompanhamento contínuo a 33 moradores que passaram longos períodos internados em hospitais psiquiátricos. Nessas unidades, há cuidadores 24 horas para apoiar a reintegração social e a autonomia dos residentes.


Já em casos de urgência, o município dispõe de uma estrutura especializada para o atendimento de saúde mental e intoxicações, com leitos específicos para estabilização clínica: 14 para adultos e 2 para adolescentes (acima de 14 anos).


Um modelo de cuidado integral


Com a inauguração do Centro de Convivência, Volta Redonda se consolida como referência na atenção psicossocial, investindo em um modelo que prioriza a inclusão, a dignidade e o cuidado em liberdade.


O novo espaço não apenas ampliará as oportunidades de atendimento, mas também reafirmará a importância da cultura, da arte e da convivência como pilares da recuperação e do bem-estar mental.


Foto Secom/PMVR


 
 
 

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