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Zambelli reage à condenação no STF e tenta reverter decisão na Câmara com apoio do PL

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 15 de mai.
  • 2 min de leitura

Condenada a 10 anos e 8 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta quinta-feira (15) que não sobreviveria ao cárcere e que está articulando uma reação política para barrar os efeitos da decisão no Congresso Nacional. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa realizada em frente ao diretório estadual do PL, em São Paulo.


A condenação foi imposta pela Primeira Turma do STF, que considerou Zambelli culpada por envolvimento em uma tentativa de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com auxílio do hacker Walter Delgatti Neto. De acordo com o Ministério Público, a deputada teria instigado a inserção de dados falsos com o objetivo de desmoralizar o Judiciário.


Zambelli, no entanto, nega qualquer participação no plano e sustenta que o processo é repleto de “inconsistências”. Durante a coletiva, ela distribuiu aos jornalistas um dossiê com críticas ao relatório da Polícia Federal e ao julgamento conduzido pelo STF. “É uma acusação absurda. Eu jamais colocaria meu mandato em risco por causa de uma brincadeira sem sentido. Seria burrice”, disse, citando a própria ministra Cármen Lúcia, que ironizou o plano em seu voto.


A parlamentar afirmou que já iniciou articulações no Congresso para tentar sustar os efeitos da decisão, em movimento semelhante ao que livrou o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) de uma ação penal. Segundo Zambelli, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), teria sinalizado positivamente para que o líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), conduzisse a estratégia. “Já temos boa parte do apoio necessário para colocar a votação em pauta. Estamos esperando o melhor momento”, declarou.


Apesar da proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Zambelli revelou que ele ainda não fez contato desde a condenação. Disse, porém, ter recebido ligações de apoio de diversos parlamentares, incluindo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.


A entrevista também teve momentos curiosos. Antes de se dirigir aos repórteres, Zambelli foi flagrada em oração com duas mulheres que falavam coreano. No fim do evento, um assessor lhe entregou três comprimidos, que ela tomou diante dos jornalistas, sem explicar do que se tratava.


A deputada tenta agora mobilizar aliados para enfrentar o desgaste político e jurídico. Nos bastidores, a avaliação é que, apesar do discurso combativo, a possibilidade de reversão no Congresso depende do cálculo político da base governista e de eventual resistência no próprio Centrão.



 
 
 

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