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Barra Mansa tem tudo, menos planejamento que se veja

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 8 horas
  • 2 min de leitura

A Prefeitura de Barra Mansa anunciou, com pompa e discurso técnico, o início da elaboração do Plano Plurianual (PPA) para o período de 2026 a 2029. Na teoria, um instrumento essencial para organizar as finanças públicas, definir metas e garantir a continuidade de projetos estruturantes para a cidade. Na prática, o que se vê nas ruas, nos bairros e na vida do cidadão é uma Barra Mansa que caminha sem rumo, onde o básico muitas vezes falta e o que sobra é promessa.


A primeira rodada de reuniões, que reuniu representantes de secretarias, fundos e autarquias, soa mais como protocolo burocrático do que um real compromisso com as necessidades da população. Afinal, o que os moradores de Barra Mansa esperam não é mais um calhamaço de papel cheio de metas frias, mas ações concretas que resolvam problemas que se arrastam há anos: buracos nas ruas, saúde precária, transporte público deficiente, bairros esquecidos e uma economia que patina.


O discurso da Secretaria de Finanças é bonito. Fala em “assertividade”, “melhores práticas” e “responsabilidade fiscal”. Mas onde está isso no dia a dia da cidade? O que se percebe é que Barra Mansa tem tudo, menos planejamento visível. Não há clareza sobre quais projetos estruturantes a cidade precisa ou quais serão as prioridades reais nos próximos anos.


E mais: enquanto os gabinetes discutem números e estratégias, a população sequer é convidada a participar de forma efetiva desse processo. Planejamento sem escuta popular é planejamento para quem? Para atender quais interesses?


O prazo para envio do PPA à Câmara vai até agosto. Até lá, seria no mínimo razoável que a prefeitura descesse dos discursos técnicos e encarasse a realidade das ruas. Porque, do jeito que está, planejar para 2026 parece uma piada amarga quando o presente da cidade segue abandonado.


Foto PMBM


 
 
 

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