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Tensão no STF: Moraes ameaça prender Aldo Rebelo durante depoimento sobre trama golpista

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 9 horas
  • 2 min de leitura

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), protagonizou um momento de tensão nesta sexta-feira (23) durante o depoimento do ex-ministro e ex-presidente da Câmara, Aldo Rebelo. A oitiva faz parte da ação que apura uma suposta trama golpista para manter Jair Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.


Rebelo foi arrolado como testemunha de defesa dos réus Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. Desde segunda-feira (19), o STF ouve autoridades, entre elas militares e integrantes da segurança pública, que apontam envolvimento direto de Bolsonaro na tentativa de ruptura institucional.


O clima esquentou quando Aldo Rebelo tentou relativizar a fala do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, que teria se colocado à disposição de Bolsonaro. Para Rebelo, a expressão poderia ser apenas uma força de linguagem, sem caráter literal.


“Quando alguém diz que ‘estou frito’, não significa que está numa frigideira. Quando alguém diz que ‘estou à disposição’, isso não precisa ser interpretado literalmente”, argumentou.


A resposta gerou reação imediata de Moraes, que interrompeu:

“O senhor estava na reunião quando o almirante disse isso? Então o senhor não tem condição de avaliar a língua portuguesa naquele momento. Atenha-se aos fatos.”


Rebelo reagiu, dizendo que sua interpretação é legítima e que não aceitaria censura. O ministro, então, subiu o tom:

“Se o senhor não se comportar, será preso por desacato.”


“Estou me comportando”, respondeu Aldo.

“Então se comporte e responda à pergunta”, concluiu Moraes.


Entre os depoimentos colhidos até agora, o do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e do ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior, confirmaram a existência de um plano para manter Bolsonaro no poder, ignorando o resultado das urnas.


 
 
 

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