Embaixada dos EUA emite alerta sobre aumento de sequestros e crimes violentos no Brasil
- Marcus Modesto
- 30 de mai.
- 2 min de leitura
A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil emitiu, nesta sexta-feira (30), um alerta atualizado aos cidadãos americanos sobre o aumento dos riscos de sequestros e crimes violentos em território brasileiro. O comunicado do Departamento de Estado eleva o nível de atenção para diversas regiões do país e recomenda cautela redobrada a quem pretende viajar para o Brasil.
O alerta cita que a atuação de gangues e organizações criminosas é ampla e, frequentemente, ligada ao tráfico de drogas. Além disso, destaca que casos de agressões físicas, incluindo situações em que vítimas são dopadas com sedativos colocados em bebidas, são recorrentes — especialmente no Rio de Janeiro. Segundo o governo americano, criminosos estariam usando aplicativos de namoro e estabelecimentos como bares para atrair turistas, dopá-los e, em seguida, praticar roubos.
O documento também orienta que funcionários do governo dos EUA evitem utilizar ônibus municipais no Brasil, alegando alto risco de assaltos e agressões, principalmente durante a noite.
O alerta detalha ainda as regiões consideradas de risco máximo. Entre elas estão áreas localizadas a menos de 160 quilômetros das fronteiras terrestres do Brasil com Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela — com exceção do Parque Nacional do Iguaçu e do Parque Nacional do Pantanal. As favelas, inclusive aquelas que oferecem visitas guiadas, também foram listadas como locais que devem ser evitados.
Cidades-satélites de Brasília, como Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá, aparecem no comunicado como áreas de alto risco, especialmente no período noturno, entre 18h e 6h.
Entre as principais recomendações feitas aos cidadãos americanos estão:
• Redobrar atenção ao ambiente;
• Não reagir em caso de assalto;
• Evitar aceitar alimentos ou bebidas de desconhecidos;
• Sempre monitorar suas próprias bebidas;
• Ter cuidado ao circular a pé ou de carro durante a noite;
• Não frequentar bares ou boates desacompanhados;
• Evitar caminhadas em praias após o pôr do sol;
• Redobrar a atenção em trilhas ou áreas isoladas;
• Manter um plano de comunicação ativo com familiares ou empregadores, informando sobre deslocamentos em áreas de risco.
Procurado, o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, não se manifestou sobre o alerta até o momento.

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