top of page
Buscar

Gripe aviária pode causar perda de até US$ 200 milhões em exportações de frango do Brasil, alerta Ministério da Agricultura

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

A confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil já causa impactos diretos nas exportações de carne de frango e seus derivados. Segundo estimativas do Ministério da Agricultura, o país pode deixar de exportar entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões em apenas um mês, devido às suspensões temporárias impostas por países importadores.


O cálculo considera uma possível redução de 50 mil a 100 mil toneladas nas exportações, tomando como base o preço médio de US$ 2 mil por tonelada no mercado internacional. A média mensal exportada pelo Brasil em 2025 tem sido de 465 mil toneladas. Com as restrições, a queda pode chegar a 20%.


“É provável que haja um impacto de redução de exportação de 10% a 20% em relação à média mensal. Ainda é difícil prever um número fechado, porque vai depender de quais países restringirão as compras e por quanto tempo”, afirmou Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, em entrevista ao Estadão/Broadcast.


O caso de gripe aviária foi registrado na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Os impactos variam conforme a extensão das suspensões: alguns países optam por embargar somente os produtos provenientes da região afetada, enquanto outros adotam bloqueios em todo o território nacional.


Até o momento, China, União Europeia, Argentina, Uruguai e Chile já suspenderam temporariamente as importações de carne de frango do Brasil. A tendência, segundo Rua, é que Coreia do Sul, México, África do Sul e Rússia também adotem restrições nos próximos dias.


Apesar do cenário adverso, os acordos sanitários firmados pelo Brasil com parceiros como Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Filipinas preveem a manutenção das importações, desde que os produtos não sejam provenientes da área afetada.


“A extensão e a duração das suspensões, além da flexibilidade dos países importadores, vão determinar o real impacto. Se a China flexibilizar e limitar o embargo apenas à região do foco, o prejuízo poderá ser menor”, concluiu Rua.



 
 
 

Comments


bottom of page