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Lula se posiciona contra anistia dos atos de 8 de janeiro em meio a pressão do centrão e do União Brasil

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta quarta-feira (3), em reunião no Palácio da Alvorada, sua oposição a qualquer proposta de anistia aos envolvidos nos atos de depredação da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. O encontro ocorreu um dia após o União Brasil anunciar o afastamento da base governista no Congresso, evidenciando uma crescente tensão política.


Embora Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado, não tenha levantado a pauta da anistia, Lula se antecipou, classificando qualquer perdão aos réus como “afronta à democracia e à soberania nacional”. A posição do presidente sinaliza que o Planalto não pretende ceder às pressões de setores do centrão que defendem a redução de penas, nem às tentativas do PL de incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro em um eventual perdão.


No Congresso, cresce a articulação para votar um projeto que reduza penas dos condenados pelos atos de 8 de janeiro, mas sem contemplar Bolsonaro. A iniciativa, apoiada por Alcolumbre e parlamentares de partidos do centrão, como PSD e MDB, enfrenta resistência do Planalto, que vê qualquer concessão ampla como um risco de fortalecimento político do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e uma aproximação indesejada com pressões externas, incluindo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.


Além do debate sobre anistia, a reunião tratou do futuro dos ministros do União Brasil no governo. Celso Sabino (Turismo) e Frederico de Siqueira (Comunicações) ainda não definiram se deixarão os cargos. Lula deixou claro que, caso permaneçam, precisarão atuar em defesa do governo e articular pautas prioritárias no Congresso. Uma saída cogitada seria a concessão de licença temporária da legenda, permitindo que os ministros permaneçam no Planalto sem confrontar a decisão do partido de se afastar da base.


O cenário evidencia uma disputa cada vez mais intensa entre o Planalto, o centrão e partidos de oposição, enquanto a proposta de anistia — ou mesmo de redução de penas — permanece envolta em incertezas e pressões políticas, sinalizando que a crise institucional de 8 de janeiro ainda influencia a agenda legislativa.

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