Mais uma mulher executada em Barra Mansa expõe o rastro de violência e impunidade
- Marcus Modesto
- há 12 horas
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Mais uma mulher foi assassinada brutalmente em Barra Mansa. No fim da tarde deste domingo (15), uma jovem, ainda sem identificação confirmada, foi executada a tiros na Rua Prefeito João Luís, no bairro Bocaininha. A vítima foi atingida na cabeça, no ombro e no abdômen — uma execução direta, com sinais claros de violência extrema e premeditação.
Segundo a Polícia Militar, a mulher aparentava ter entre 20 e 25 anos. Estava vestindo calça jeans, blusa branca e possuía uma tatuagem de coroa na costela, uma das poucas pistas que podem levar à sua identificação. O corpo foi encontrado no chão, em plena via pública, mais um retrato do descaso com a vida de mulheres na região.
O local do crime foi isolado e a perícia aguarda a chegada de equipes técnicas para os procedimentos. A Polícia Civil iniciou as diligências, mas ainda não há qualquer pista concreta sobre os responsáveis ou a motivação do assassinato.
Casos como este se repetem com frequência preocupante no Sul Fluminense. Mulheres seguem sendo alvos de uma violência silenciosa e cotidiana — que só chama atenção quando o sangue escorre para o asfalto. Não há nome, não há rosto, mas há uma história interrompida de forma covarde. E, como tantas outras, corre o risco de se perder em estatísticas frias.
Até quando a sociedade vai naturalizar esses assassinatos? Onde estão as políticas públicas para proteger mulheres em situação de vulnerabilidade? Quantas jovens ainda terão seus corpos descartados em esquinas antes que medidas concretas sejam tomadas?
Este não é apenas um caso de polícia. É um sintoma de uma cultura que ainda trata a violência contra a mulher com indiferença. A cada crime sem resposta, a mensagem que se reforça é a da impunidade. E quem mata, sabe disso.

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