Manifestantes protestam contra Bolsonaro e o PL da Anistia na Avenida Paulista

Cerca de 6,6 mil manifestantes se reuniram neste domingo (30) na Praça Oswaldo Cruz, na Avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o Projeto de Lei (PL) da Anistia. O grupo exige a responsabilização do ex-presidente, que se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, e rejeita qualquer proposta que beneficie os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

O número de participantes foi estimado pelo Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP) e pela ONG More in Common. Para efeito de comparação, há duas semanas, os mesmos pesquisadores calcularam que o ato de Bolsonaro em Copacabana reuniu 18 mil manifestantes.

O protesto contou com a presença de lideranças políticas como Guilherme Boulos, Érica Hilton e Lindbergh Farias, que defendem investigações rigorosas e punições para todos os envolvidos nos atos antidemocráticos. O movimento busca pressionar o Congresso a não aprovar qualquer legislação que conceda anistia aos responsáveis pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

Faixas, cartazes e discursos reforçaram o apelo por justiça, com manifestantes entoando palavras de ordem e músicas contra a impunidade. Movimentos sociais e sindicais também aderiram ao protesto, destacando a importância da mobilização para garantir que os atos golpistas não fiquem sem punição.

Apesar do tom firme das manifestações, o ato ocorreu de forma pacífica. Os organizadores esperavam ampliar a adesão popular ao longo do dia, reforçando a luta contra a anistia e em defesa da democracia.

Atos no Rio de Janeiro reúnem pequenos grupos

Na Zona Sul do Rio de Janeiro, pequenos grupos de manifestantes também se mobilizaram na manhã deste domingo (30) contra a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Os atos aconteceram no Museu da República, no Catete, e na feira da Glória, reunindo cerca de 50 pessoas.

As ações foram marcadas por panfletagens e distribuição de adesivos e cartazes pedindo punição aos responsáveis pelos atos golpistas e a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, réu no STF por tentativa de golpe de Estado.

Segundo participantes, a mobilização foi fraca, com algumas pessoas se deslocando entre os pontos de protesto. Os atos foram organizados por movimentos ligados à Frente Povo Sem Medo e à Frente Brasil Popular. Manifestações semelhantes estão previstas em outras sete capitais.