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Ministro Flávio Dino denuncia ameaças e alerta para escalada de ódio contra o STF

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 10 horas
  • 2 min de leitura

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, revelou nesta quinta-feira (22) ter sido alvo de ofensas e ameaças recebidas através da ouvidoria da própria Corte. O episódio, que veio à tona durante sessão plenária em Brasília, escancara mais uma vez a escalada de violência, intolerância e desrespeito às instituições democráticas no país.


“Canalha e rocambole do inferno” foi uma das expressões usadas contra Dino. O texto criminoso, além de ataques verbais, traz ameaças explícitas de agressão física e até incitação à invasão do STF. “Um cara como você tem que apanhar de murro por cima da cara, arrancar dente por dente da tua boca. É na porrada. Bastam cem homens aí em Brasília, invadem o STF e expulsam”, dizia a mensagem.


O ministro não minimizou o episódio. Fez questão de associá-lo ao ambiente tóxico que vem se enraizando no país, alimentado por discursos de ódio, desinformação e ataques sistemáticos às instituições. “O espírito do tempo é de cultivo de ódio em escala criminosa”, alertou.


O cenário não é novo e está longe de ser um fato isolado. Dino lembrou que, em novembro de 2024, um homem identificado como Francisco Wanderley — conhecido como Tiu França, apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro — tentou detonar explosivos na sede do STF. O atentado, frustrado pela segurança, terminou com a morte do agressor após ele acionar a bomba.


A tentativa de ataque ao Ministério do Desenvolvimento Social, registrada também nesta quinta, reforça que a ameaça à democracia brasileira é real, constante e alimentada por discursos extremistas que se proliferam nas redes sociais e em ambientes políticos contaminados pela radicalização.


O STF, alvo recorrente desses ataques, simboliza, para esses grupos, o que deveria ser destruído: o Estado de Direito, o cumprimento das leis e a garantia dos direitos fundamentais. O que se vê, no entanto, é uma estratégia articulada de enfraquecimento institucional, que transforma a divergência política em violência e a liberdade de expressão em licença para o crime.


O silêncio ou a omissão diante dessas ameaças não é mais uma opção. O que está em jogo não é apenas a segurança de um ministro ou de uma instituição, mas a própria democracia brasileira, que segue sob ataque de quem se recusa a aceitar as regras do jogo democrático.

Fonte Agência Brasil


Foto Rovena Rosa


 
 
 

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