Servidores de Barra Mansa denunciam abandono da atual gestão: plano de saúde do FUNDAMP deixa de cobrir internações
- Marcus Modesto
- 5 de jul.
- 2 min de leitura
Servidores públicos da Prefeitura de Barra Mansa denunciam mais um golpe contra seus direitos: o plano de saúde do FUNDAMP (Fundo de Assistência à Saúde dos Servidores Municipais de Barra Mansa) não cobre mais internações hospitalares. A informação tem causado revolta entre os trabalhadores, que se veem desamparados em um dos momentos mais delicados da vida: quando precisam de atendimento médico de urgência.
A decisão, sem qualquer diálogo com a categoria, escancara o desprezo da atual administração pela saúde e dignidade dos funcionários públicos. O que antes era apresentado como um benefício essencial agora se transforma em mais um problema para quem já convive com salários defasados, falta de valorização e cortes sucessivos de direitos.
“É um absurdo. A gente paga por um plano de saúde que não cobre internação? Isso é plano de saúde ou piada de mau gosto? A gente só vê nossos direitos sendo retirados. Trabalhamos, contribuímos e, quando mais precisamos, somos deixados à própria sorte”, desabafou uma servidora da educação, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
A exclusão da cobertura de internações hospitalares é sintoma de um problema maior: a gestão municipal tem tratado os servidores como números, e não como pessoas. A precarização do FUNDAMP é apenas mais um reflexo da falta de compromisso da atual administração com quem sustenta o funcionamento da cidade todos os dias — professores, agentes de saúde, servidores da limpeza, administrativos, guardas municipais.
A insatisfação entre os servidores cresce a cada dia. Já não bastassem as promessas não cumpridas, os constantes atrasos em melhorias salariais e a falta de diálogo com os sindicatos, agora a prefeitura tira o direito à saúde digna. E faz isso de forma silenciosa, sem qualquer transparência, empurrando o prejuízo para quem menos pode pagar.
Enquanto o prefeito posa em festas e eventos, tira fotos com obras do governo federal e distribui sorrisos, os servidores enfrentam filas em hospitais públicos e a angústia de não saber a quem recorrer. A retórica de valorização do funcionalismo, tão usada em campanhas, foi deixada de lado assim que os votos foram contados.
A prefeitura precisa responder: onde foi parar o dinheiro do FUNDAMP? Por que a cobertura está sendo reduzida sem justificativa ou alternativa? O servidor público é a espinha dorsal da cidade. Retirar o direito à saúde é desumano e irresponsável.
Em um município onde tanto se fala em progresso, os servidores seguem sendo empurrados para trás. E se a atual gestão não respeita quem trabalha por Barra Mansa, então não merece respeito da população. O recado está dado — nas urnas ou nas ruas, a conta vai chegar.

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