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Câmara passa vergonha: Comissão de Relações Exteriores aprova moção de solidariedade a Eduardo Bolsonaro

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 1 dia
  • 2 min de leitura

Em mais um episódio que escancara a desconexão de parte do Congresso com as urgências do país, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (27), uma moção de solidariedade ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).


A proposta partiu do deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição e figura também envolvida em polêmicas. A justificativa? Defender Eduardo Bolsonaro diante dos desdobramentos do inquérito sobre tentativa de golpe de Estado e ataques à democracia brasileira.


A aprovação desse gesto simbólico, porém, escancara o quanto setores da Câmara continuam empenhados não em defender o país, mas em proteger aliados que flertaram abertamente com o golpismo. Uma comissão que deveria zelar pela imagem diplomática e pela segurança nacional se presta, de forma constrangedora, a blindar políticos envolvidos em investigações gravíssimas.


Enquanto o Brasil enfrenta desafios econômicos, sociais e diplomáticos — e enquanto o mundo observa estarrecido o desgaste das instituições brasileiras com a sucessão de tentativas de desestabilização democrática —, os deputados aliados de Bolsonaro seguem dedicando tempo e energia a proteger seus próprios.


A moção de solidariedade não apenas é um desrespeito à democracia, mas também uma afronta à sociedade brasileira, que acompanhou, nos últimos anos, a escalada autoritária promovida por membros da extrema direita. É o uso da máquina pública não para legislar em favor da população, mas para criar um escudo político e simbólico para quem, hoje, responde a investigações sérias no Supremo Tribunal Federal.


Transformar a Comissão de Relações Exteriores em palanque ideológico e trincheira de autoproteção política revela o quanto os valores republicanos seguem, para alguns, sendo apenas um discurso vazio.


Enquanto isso, os reais problemas do país — fome, desemprego, violência e crise climática — seguem aguardando espaço nas pautas dessa mesma comissão, que, mais uma vez, escolheu proteger indivíduos em vez de proteger o Brasil.


 
 
 

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