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Ex-ministro de Bolsonaro é alvo da PF em operação que investiga fraudes no INSS

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura

O ex-ministro da Previdência Social José Carlos Oliveira, que comandou a pasta durante o governo Jair Bolsonaro, é um dos principais alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (13). A ação investiga um esquema nacional de fraudes no INSS que teria permitido descontos ilegais em aposentadorias e pensões de segurados em todo o país.


Segundo informações apuradas pelo portal Metrópoles, a Justiça determinou que Oliveira utilize tornozeleira eletrônica, após a PF identificar indícios de envolvimento político e administrativo no funcionamento do esquema. O ex-ministro foi citado em meio às investigações que também levaram à prisão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, demitido do cargo em abril, quando o escândalo veio à tona.


Suspeita de conluio político e falhas no controle da máquina pública


O caso lança luz sobre a fragilidade dos mecanismos de controle no período em que José Carlos Oliveira esteve à frente do ministério. A operação aponta que associações e empresas privadas conseguiam incluir cobranças indevidas nos contracheques de aposentados, com a conivência de intermediários e servidores públicos — e, em alguns casos, com interferência política para manter o esquema ativo.


Embora Oliveira ainda não tenha se pronunciado, sua inclusão entre os alvos reforça a percepção de que a estrutura do INSS foi politicamente instrumentalizada, servindo de terreno fértil para interesses que nada têm a ver com o bem-estar dos segurados.


Alcance nacional e conivência institucional


A PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem 63 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão preventiva em 15 estados e no Distrito Federal, revelando o tamanho do rombo e a capilaridade da operação. A amplitude das ações mostra que as irregularidades não se restringiram a uma gestão específica, mas ganharam força em meio ao ambiente de aparelhamento político e negligência administrativa durante o governo Bolsonaro.


Um retrato do desmonte institucional


A presença de um ex-ministro entre os alvos é simbólica: ela expõe a profundidade do desmonte institucional promovido na Previdência, onde o discurso de eficiência encobria práticas que abriram brechas para corrupção e desvio de recursos públicos.


Enquanto aposentados e pensionistas lutam para receber benefícios cada vez mais defasados, a máquina pública é usada para favorecer redes de influência e negócios escusos. O escândalo reforça o que já se tornara evidente — o país segue pagando caro pela mistura tóxica entre negligência administrativa e interesses políticos travestidos de gestão técnica.


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