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Justiça ordena remoção de fake news em Barra do Piraí e expõe uso irresponsável das redes no debate político local

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 24 horas
  • 2 min de leitura

O Juizado Especial Cível de Barra do Piraí determinou que o Facebook Serviços Online do Brasil, responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, além de um ex-prefeito do município, removam publicações consideradas falsas e prejudiciais à gestão da prefeita Katia Miki (Solidariedade) e à Casa de Caridade Santa Rita, a Santa Casa. A decisão, que exige a exclusão dos conteúdos em até 24 horas, joga luz sobre um problema crescente nas cidades do interior: o uso criminoso da desinformação como instrumento político.


De acordo com o processo, as postagens não apresentaram qualquer prova das acusações. As fake news espalhadas incluíam supostas denúncias de negligência médica, falta de medicamentos e até um falso leilão que levaria ao fechamento do hospital, informações que geraram pânico e insegurança entre os moradores.


“Trata-se de uma página que se disfarça de veículo jornalístico, mas que, na prática, tem servido como arma para atacar a atual gestão e sabotar o trabalho da prefeitura e da Santa Casa”, afirmou o advogado João Carlos Ferreira da Costa Silva, que representa a prefeita.


O caso expõe um fenômeno que se repete em diversos municípios: o uso das redes sociais como trincheira de adversários políticos inconformados com o resultado das urnas. Sob o pretexto de “fiscalização” ou “jornalismo independente”, alguns agentes se valem da internet para espalhar boatos, desinformação e teorias alarmistas que pouco têm a ver com a realidade.


A própria prefeita Katia Miki reagiu à decisão destacando os riscos desse tipo de conduta. “Espalhar mentira, especialmente na área da saúde, não é apenas um ataque político — é uma ameaça direta à vida das pessoas. Tem gente deixando de procurar atendimento médico por medo do que lê nas redes. Isso é muito grave”, afirmou.


Não é de hoje que fake news se tornaram um dos maiores desafios da gestão pública, sobretudo em tempos de polarização e disputa permanente. A decisão da Justiça não apenas protege a reputação da administração e da Santa Casa, mas também envia um recado claro: a liberdade de expressão não é licença para mentir, caluniar ou criar pânico na população.


Enquanto isso, sobra à sociedade refletir sobre até que ponto o debate político local está sendo sequestrado por narrativas falsas, sustentadas por perfis que muitas vezes operam sem qualquer compromisso com a verdade, movidos por interesses pessoais, econômicos ou meramente eleitorais.


 
 
 

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