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Museu da República retira “pijamão” inflável de Getúlio Vargas após repercussão

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

O Museu da República, no bairro do Catete, decidiu nesta sexta-feira (22) retirar de exposição o “pijamão” inflável que reproduzia o traje usado pelo ex-presidente Getúlio Vargas no momento de sua morte, em 24 de agosto de 1954. A medida ocorre após forte repercussão nas redes sociais e questionamentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).


A instalação, criada pela artista Clarissa Diniz, media quatro metros de altura e reproduzia detalhes do pijama original, incluindo o monograma “GV” e a marca de tiro. Parte do público criticou a abordagem, enquanto outros demonstraram curiosidade, chegando a agendar visitas ao museu especificamente para ver a obra.


Em nota, a direção do museu explicou que a retirada foi motivada por “ruídos e informações desencontradas” gerados pela peça, além de “limitações técnicas referentes à ventilação e sustentação”. Inicialmente, o inflável permaneceria em exibição até domingo, data em que se completam 71 anos do suicídio de Vargas.


O Iphan ressaltou que qualquer instalação em bens tombados depende de autorização prévia, que não havia sido formalizada. Segundo o museu, a montagem fazia parte de um teste e seria regularizada, mas decidiu suspender a proposta para atender às normas e preservar o patrimônio.


Com a retirada do inflável, o Museu passa a exibir o pijama original de Vargas e sua máscara mortuária em sala no térreo. O museólogo André Angulo, chefe do Núcleo de Museologia, afirmou que a intenção da instalação era propor uma abordagem diferente do episódio histórico:

— A peça também permitia discutir o contexto político da época, incluindo a crise que culminou no atentado contra o jornalista Carlos Lacerda — explicou.


O museu destacou que a decisão de retirar o inflável foi consensual entre a Comissão de Exposições e os técnicos, visando preservar a integridade histórica do espaço e respeitar a memória do ex-presidente.

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