Rodrigo Drable no Governo é afronta à moralidade pública
- Marcus Modesto
- há 9 horas
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Não há outro nome: é uma afronta. Rodrigo Drable, ex-prefeito de Barra Mansa, responde na Justiça por corrupção, formação de quadrilha e outros crimes graves. Ainda assim, ocupa hoje um cargo de subsecretário no Governo do Estado do Rio de Janeiro, como se seu passado judicial simplesmente não existisse.
Na última semana, Drable apareceu em reunião no DETRAN, ao lado do presidente Vinícius Farah, tratando de demandas da UCETRERJ — entidade que representa 700 clínicas de Medicina de Tráfego no estado. Entre as promessas, mutirões, contratação de servidores e melhoria no atendimento. Mas há algo muito maior que precisa ser resolvido: o próprio conceito de decência na gestão pública.
Rodrigo Drable foi afastado da Prefeitura de Barra Mansa após ser acusado de chefiar um esquema criminoso instalado dentro da administração municipal. Processado por corrupção e formação de quadrilha, sequer deveria estar ocupando qualquer função pública. Sua presença no governo não é só imoral — é um tapa na cara do cidadão honesto que paga impostos e espera integridade mínima dos gestores.
O mais grave é que isso acontece às vistas de todos, com direito a fotos, discursos e sorrisos, como se fosse normal um réu por corrupção circular livremente dentro do Palácio Guanabara, articulando, negociando e posando como representante legítimo dos interesses da população.
A permanência de Rodrigo Drable no cargo é mais do que um problema ético. É uma demonstração escancarada de que parte da política fluminense segue refém de práticas que deveriam estar enterradas, mas continuam vivas, ativas e protegidas.
O Governo do Estado deve explicações. Até quando figuras manchadas por denúncias e processos criminais continuarão encontrando abrigo em cargos públicos? Que exemplo se dá à sociedade, aos servidores e aos contribuintes? A resposta, por enquanto, é o silêncio — cúmplice e conveniente.

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