STF forma maioria para condenar Mauro Cid por abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Marcus Modesto
- 10 de set.
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O Supremo Tribunal Federal (STF) já conta com maioria de votos para condenar o tenente-coronel Mauro Cid pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O processo envolve também o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados na chamada “trama golpista”, mas, até o momento, apenas Cid recebeu condenação por um dos delitos apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Voto de Luiz Fux foi decisivo
O ministro Luiz Fux consolidou a maioria nesta quarta-feira (10), ao afirmar que Cid teve papel ativo na preparação de medidas contra a democracia, indo além de “meros preparativos”.
“As premissas teóricas que integram o meu voto impõem a conclusão de que o réu Mauro César Barbosa Cid deve ser responsabilizado criminalmente pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, afirmou Fux.
Ele destacou que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro esteve envolvido em etapas centrais do plano, como o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes e a elaboração de uma minuta de teor golpista.
Absolvição em outros crimes
Apesar da condenação, Fux defendeu que não há provas da ligação de Cid com os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília. Por isso, votou por sua absolvição nos crimes de:
• tentativa de golpe de Estado,
• organização criminosa,
• dano qualificado,
• deterioração de patrimônio tombado.
Bolsonaro e outros réus
No voto, Fux também reforçou seu entendimento pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos demais acusados em relação às imputações de organização criminosa e dano ao patrimônio público.
O julgamento segue em andamento na Primeira Turma do STF, que ainda analisará as demais acusações contra Cid e os outros envolvidos.




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