top of page
Buscar

Violência em bares e restaurantes expõe falhas na segurança pública na Região Metropolitana do Rio

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 28 de jul.
  • 2 min de leitura

O que deveria ser um momento de lazer e convivência tem se transformado em cenário de medo e tragédia. Somente até a última quinta-feira (25), ao menos 52 pessoas foram baleadas dentro ou nos arredores de bares e restaurantes da Região Metropolitana do Rio, segundo levantamento da plataforma Fogo Cruzado. Vinte e oito morreram e outras 24 ficaram feridas. O número é o dobro do registrado no mesmo período de 2024, evidenciando um avanço preocupante da violência armada.


A Baixada Fluminense concentra a maior parte dos casos. Em Nova Iguaçu, foram 17 vítimas desde janeiro, incluindo nove mortos. Duque de Caxias registrou dez baleados, sendo quatro fatais. A capital também enfrenta a escalada da insegurança, principalmente na Zona Oeste, onde 13 pessoas foram atingidas — seis delas não resistiram.


O episódio mais recente ocorreu em Bangu, na última terça-feira (22), e escancarou a vulnerabilidade de quem frequenta esses locais. Gizelle Lucena Tavares, de 31 anos, foi baleada na cabeça enquanto estava com o marido e o filho de dois meses em um bar. A troca de tiros começou após um assalto e deixou clientes em pânico. Gizelle seguia internada em estado grave até a noite de domingo (27).


Casos como esse têm levado comerciantes a antecipar o fechamento, instalar grades e alterar rotinas na tentativa de reduzir riscos. “Não sabemos mais se abrimos as portas para atender clientes ou para esperar o pior”, desabafou um dono de bar em Nova Iguaçu.


Apesar do aumento expressivo dos ataques, as medidas anunciadas pelo poder público ainda parecem insuficientes. A Polícia Civil, quando questionada, preferiu criticar a metodologia da plataforma que reúne os dados, em vez de apresentar um plano emergencial. A declaração de que as investigações usam “as mais modernas técnicas” contrasta com a realidade de comerciantes e frequentadores, que seguem expostos.


Enquanto autoridades discutem estatísticas, o número de inocentes atingidos cresce, e o lazer noturno se transforma em risco calculado. A pergunta que se impõe é: até quando bares e restaurantes — espaços de convivência e economia local — continuarão sendo palco de mortes anunciadas, sem que haja ações concretas para conter essa violência?


ree

 
 
 

Comentários


bottom of page