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Caminhada reúne mais de 800 pessoas em Volta Redonda em defesa dos direitos de crianças e adolescentes

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 5 dias
  • 2 min de leitura

Volta Redonda amanheceu mobilizada nesta sexta-feira (16) com uma caminhada que reuniu mais de 800 pessoas na Vila Santa Cecília, em defesa dos direitos de crianças e adolescentes. O ato marcou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, e teve como principal objetivo chamar a atenção da população para a importância da denúncia e da proteção das vítimas.


Promovida pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas), a ação contou com a participação de diversas instituições parceiras, alunos de projetos sociais e representantes da sociedade civil.


A secretária municipal de Assistência Social, Rosane Marques, destacou o papel da mobilização como ferramenta de enfrentamento à violência:


— A denúncia é uma das armas mais poderosas contra o abuso e a exploração sexual. Nosso papel é garantir que nenhum caso seja silenciado. Proteger nossas crianças é um compromisso coletivo — afirmou.


Entre as entidades presentes estavam a Casa da Criança e do Adolescente, a Apae, o Projeto Curumim e o Projeto Garoto Cidadão. Todas reforçaram a importância da prevenção, da informação e do acolhimento.


A assistente social Isabela Marques, da Casa da Criança, reforçou a necessidade de vigilância constante:


— É fundamental que a sociedade entenda que a responsabilidade de proteger nossas crianças é de todos. Não podemos ignorar sinais de violência — disse.


A professora e conselheira da Apae, Ana Gilda Maria da Silva Santos, chamou atenção para a vulnerabilidade das crianças com deficiência:


— Precisamos tratar o tema com seriedade e dar visibilidade a ele em todos os espaços, inclusive dentro das instituições de apoio — afirmou.


Já a coordenadora do Projeto Garoto Cidadão, Sabine Barbosa Marangon, lembrou que o trabalho de prevenção é diário:


— O abuso sexual é uma realidade grave que exige atenção e urgência. Precisamos formar crianças conscientes, que conheçam seus direitos e saibam pedir ajuda — destacou.


O que é violência sexual e como denunciar


A violência sexual contra crianças e adolescentes pode ocorrer em diferentes contextos e formas — do abuso intrafamiliar à exploração comercial. Envolve coerção, manipulação ou força física, e deixa marcas que muitas vezes não são visíveis.


As denúncias podem ser feitas de forma anônima por meio do Disque 100, do Conselho Tutelar, delegacias especializadas ou pelo site www.safernet.org.br, no caso de crimes virtuais.


18 de maio: memória e mobilização


A data foi criada em memória da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, assassinada em 1973 no Espírito Santo. O crime brutal comoveu o país e deu origem a uma mobilização nacional que, anos depois, resultou na criação da Lei Federal 9.970/2000, instituindo o 18 de maio como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.


Neste ano, a mobilização completou 25 anos, reforçando que a luta contra a violência infantil ainda é urgente e necessária.


Educação e prevenção caminham juntas


A educação sexual, aliada a campanhas de conscientização, é uma das formas mais eficazes de prevenir abusos. Com informação e diálogo, é possível empoderar crianças e adolescentes para que reconheçam situações de risco e saibam buscar apoio.


A caminhada desta sexta-feira foi, mais do que um ato simbólico, um grito coletivo por respeito, dignidade e proteção para os pequenos que ainda não têm voz — mas que precisam ser ouvidos.


Foto Secom PMVR


 
 
 

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