Morre a cantora Ângela Ro Ro, ícone da MPB e da luta LGBTQIA+

Rio de Janeiro= A cantora, compositora e pianista brasileira Ângela Maria Diniz Gonsalves, conhecida artisticamente como Ângela Ro Ro, faleceu nesta segunda-feira (08/09/2025), aos 75 anos .

Ela estava internada no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, Rio de Janeiro, desde 17 de junho, devido a uma infecção pulmonar grave. Durante o tratamento, foi submetida a traqueostomia e passou por sessões de fisioterapia vocal . Segundo apurado, a artista sofreu uma parada cardíaca após uma nova infecção, conforme informado por fontes próximas .

Sua morte foi confirmada pela ex-namorada Laninha Braga e pelo produtor Paulinho Lima, que acompanhavam de perto seu quadro clínico .

Carreira e legado

Ângela Ro Ro despontou nos anos 1970 nos bares do Rio de Janeiro e se consolidou como uma das vozes mais marcantes da música popular brasileira, conhecida por sua voz rouca, estilo único e letras intensamente emotivas . Seu álbum de estreia, Ângela Ro Ro (1979), e sucessos como Amor, Meu Grande Amor e Tola Foi Você marcaram sua ascensão artística .

À frente do seu tempo, foi uma das primeiras artistas brasileiras a assumir publicamente sua sexualidade, tornando-se referência nos movimentos LGBTQIA+ e na luta contra a lesbofobia .

Condições pessoais e luta final

Nos últimos anos, Ângela enfrentou graves dificuldades financeiras. Durante a pandemia, chegou a pedir doações de fãs via PIX, pois vivia com cerca de R$ 800 por mês provenientes de direitos autorais .

A internação prolongada desde junho refletiu o agravamento de seu estado de saúde, com complicações como infecção pulmonar, problemas renais e necessidade de diálise, além da realização de traqueostomia .