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Navio-escola da Marinha do México colide com ponte do Brooklyn e deixa dois mortos

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

NOVA YORK – Um grave acidente envolvendo o navio-escola Cuauhtémoc, da Marinha do México, causou a morte de duas pessoas e deixou ao menos 22 feridos na tarde deste sábado (17), em Nova York. A embarcação, que transportava 277 tripulantes em uma missão de treinamento, colidiu com a histórica ponte do Brooklyn durante uma travessia pelo rio East.


O impacto ocorreu diante de dezenas de testemunhas, que filmavam a passagem do navio. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que os mastros ultrapassavam a altura permitida, provocando a destruição de parte da superestrutura do navio, onde havia tripulantes no momento da batida. Ninguém chegou a cair na água, mas 11 pessoas estão internadas em estado grave.


De acordo com o prefeito de Nova York, Eric Adams, o navio perdeu propulsão momentos antes da colisão. “O navio Cuauhtémoc perdeu energia e colidiu com a ponte do Brooklyn”, escreveu ele nas redes sociais, confirmando as mortes e os feridos.


A embarcação precisou ser rebocada e a Marinha mexicana informou que abriu uma investigação para apurar as causas do acidente. Técnicos norte-americanos também acompanham a apuração.


Viagem internacional interrompida


O Cuauhtémoc estava em uma missão diplomática e de formação militar, iniciada no dia 6 de abril, no porto de Acapulco. A expedição incluía visitas a 22 portos em 15 países ao longo de 254 dias, sendo 170 navegando em alto-mar. O navio já havia passado por Jamaica e Cuba, e a parada em Nova York era uma das primeiras do itinerário. Estavam previstas também visitas à Islândia, França e Escócia.


A Marinha do México informou que a missão visava promover uma “mensagem de paz e boa vontade do povo mexicano”.


Construído em 1982, o Cuauhtémoc tem 90,5 metros de comprimento, 12 metros de largura e realiza missões internacionais regulares com cadetes da Escola Naval Militar do México. Desde 2011, as tripulações passaram a incluir mulheres em formação.


Apoio internacional e comoção


Durante a madrugada deste domingo (18), o prefeito Eric Adams e o embaixador do México nos Estados Unidos, Esteban Moctezuma Barragán, prestaram esclarecimentos à imprensa. Segundo eles, todas as autoridades locais e diplomáticas estão mobilizadas para garantir assistência aos feridos e apoio às famílias.


“O ministro da Marinha do México está em contato com os familiares dos tripulantes para oferecer suporte e atualizações sobre os feridos”, afirmou o embaixador. Adams também anunciou que parentes dos envolvidos viajarão a Nova York para acompanhar o tratamento hospitalar.


Relatos de pânico na ponte


A colisão foi acompanhada por turistas e moradores que estavam nas imediações da ponte, um dos marcos turísticos mais famosos dos Estados Unidos. Inaugurada em 1883, a ponte do Brooklyn recebe diariamente mais de 100 mil veículos e 32 mil pedestres. O vão central, de 490 metros, é suspenso por duas torres de pedra e aço e já foi cenário de outros incidentes envolvendo tráfego, mas nunca havia sido atingido por uma embarcação dessa magnitude.


Testemunhas descreveram momentos de desespero. A estudante Sydney Neidell relatou à Associated Press que viu pessoas penduradas nas cordas do navio após o choque. “Conseguimos ampliar o zoom do telefone e vimos alguém preso ali por mais de 15 minutos antes de ser resgatado”, disse.


As autoridades locais ainda avaliam os danos estruturais causados à ponte. A via permanece interditada para inspeção, sem previsão de liberação.


 
 
 

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