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“Parece que estamos em guerra”: moradores do Grajaú e Andaraí relatam madrugada de terror com intensos tiroteios

  • Foto do escritor: Marcus Modesto
    Marcus Modesto
  • 24 de abr.
  • 2 min de leitura

Moradores dos bairros do Grajaú e Andaraí, na zona norte do Rio de Janeiro, viveram uma madrugada de horror nesta madrugada (24), marcada por intensos confrontos armados entre policiais e criminosos. Relatos colhidos pelo jornal O Dia indicam que os tiroteios começaram ainda na noite anterior e se estenderam até a manhã seguinte, transformando o retorno à rotina após o feriado em um cenário de guerra.


Granadas foram lançadas, rajadas de fuzil cruzaram os céus e o barulho incessante de tiros impediu o sono de milhares de pessoas. Famílias passaram a noite deitadas no chão em busca de proteção. Crianças não foram à escola. Uma senhora chegou a desmaiar dentro de casa, tomada pelo pânico. “Parece que estamos em guerra”, disse uma moradora, visivelmente abalada.


A recorrência dessas cenas evidencia a falência do atual modelo de segurança pública adotado pelo governo do estado. Em vez de garantir proteção, operações policiais ostensivas em áreas densamente povoadas vêm promovendo o terror cotidiano — e, frequentemente, resultando em mortes de inocentes.


A ausência de uma política pública estruturada e eficaz levanta questões urgentes. Até quando o governador Cláudio Castro vai tratar esse cenário como normal? Até quando operações marcadas por violência, e muitas vezes por abusos, vão substituir a presença real e cidadã do Estado?


Especialistas e organizações de direitos humanos alertam: segurança pública não se faz apenas com caveirões e operações midiáticas. É preciso investir em inteligência policial, prevenção, educação, cultura e oportunidades. É preciso enfrentar as causas da violência, não apenas seus sintomas.


A sociedade fluminense não pode aceitar o absurdo como rotina. Não podemos naturalizar o tiroteio como parte do nosso cotidiano.


O Rio de Janeiro merece mais do que isso. Precisa de paz — e, acima de tudo, de um governo que respeite e proteja sua população.


 
 
 

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